“You hold the answers deep within your own mind; consciously, you've forgotten them: that's the way the human mind works. Whenever something is too unpleasant or too shameful for us to entertain, we reject it. We erease it from our memory, but the imprint is aways there.” (Understanding - Evanescence lyrics)
Todos nós tivemos algo que nos marcou, algo que fizemos, alguém especial que conhecemos, um simples momento, um sorriso, uma lágrima, desde os momentos mais alegres aos momentos de desespero em que apenas sentes a dor dentro de ti...
São muitos os que dizem que os maus momentos por que passamos nos constroem enquanto pessoas, que nos tornam mais fortes, e são tantos os que nos dizem isso no momento em que apenas queres ser ouvido e ter um ombro onde poder chorar… Mas quantos desses têm o direito a dize-lo? Quantos desses passaram pelo mesmo que tu? Sim… Eu acredito, tudo isto nos constrói enquanto pessoas, mas até que ponto nos constrói mais do que nos destrói? Até onde vai esse limite? Todos nós acabamos por passar pela dor, e ela pode hoje reflectir-se naquilo que há de bom em cada um de nós, nas mudanças que ela causou, na nossa evolução enquanto pessoas… Mas, e as nossas fraquezas? E os nossos medos? Todo o lado negro do nosso “eu” foi também ela que construiu…
Muitos poderão pensar que apenas vejo o outro lado da questão, mas quantos de vocês já tentaram ver os dois lados? Se tudo o que passámos nos ajuda a prevenir em tantas situações para não cometermos os erros do passado, também por vezes a marca que ficou em nós nos faz cegar pelo medo, nos faz dar o passo atrás, nos faz tomar a atitude errada na hora errada, nos faz de mil e uma formas caír novamente. E aí serás novamente marcado, e quando dás por ti estarás no fundo…
São todas essas marcas que nos condicionam, elas influenciam a nossa felicidade, o nosso estado de espírito, a forma como nos relacionamos, a forma como vimos o mundo, no fundo elas são as lentes através das quais vês o teu mundo a cada dia…
A marca está dentro de ti… Podes fingir que ela não existe, podes lutar contra ela, podes aprender a viver com ela… Mas nunca... Nunca, poderás ignorá-la…