Palavras perdidas, gestos, palavras por dizer… A dor, o arrependimento e a insignificância do teu próprio eu no meio de algo tão maior… Quantas vezes já te sentiste assim? Pois, certamente que o sentiste. Não importa o quando, o como ou o porquê, apenas sentiste, e sentiste-o tal como eu por vezes o sinto...
Não sou melhor que qualquer um de vocês, pior? Talvez, não sei… Cada um pode ver em mim a face que quiser ver… O preto ou o branco, a luz ou a escuridão, alguém a quem amar ou alguém a quem odiar, ou quem sabe alguém quem ignorar. De entre todas as dúvidas, uma coisa é certa, nunca me odiarás mais do que eu a mim mesmo, nunca me culparás mais do que eu me culpo, nunca pensarás mais nisso do que eu penso, nunca desejarás mais voltar atrás do que eu desejo… Estarei errado? Sim, talvez estarei… Mas quem estará certo neste mundo? Existe a verdade e a mentira? Existe o bem e o mal? Existe o certo e o errado? Sim existe… Mas tu não estás certo ou errado, tal como eu não o estou, tal como o mundo á tua volta não o está…
Este sou eu… Aquele a quem as trevas do passado tentam ofuscar a luz do presente, a quem a verdade abandonou e a dor acolheu de braços abertos, aquele a quem a noite ouve o clamor do seu choro, e seca as lágrimas que a caneta teima em tingir suavemente no papel na forma de palavras… Sim, este sou eu…
Ama-me, odeia-me, mas por favor nunca me ignores…