terça-feira, 26 de abril de 2011

The Pain...

Estas trevas que me envolvem os meus dias, a dor que sinto a cada momento dentro da minha alma, o frio, a solidão… Momentos passados vão e vêm á minha memória… Amores perdidos, amizades esquecidas, as feridas, as mágoas… A palavra não dada aquela pessoa especial ou aquela que dei a quem não a merecia… Porquê? Quantas vezes me pergunto… Porquê? Quantas vezes me tornei em tudo aquilo que odiava? Quantas vezes fiz tudo aquilo que jurei nunca fazer? Quanto ódio sinto por mim mesmo? Sim… Quanto?
Os dias passam, nalguns o sorriso esconde o que vai dentro do meu peito, noutros uma lágrima abafada não mostra nem metade daquilo que sinto… E assim avanço, dia após dia, noite após noite, contentado com a escuridão deste mundo, fugindo da de um outro desconhecido…
Tomo a noite por amiga, a dor por companheira nesta longa jornada, sinto a sua falta quando apenas um vazio invade o meu ser, quando um sorriso poderia tomar o seu lugar… Sofro por ti porque estás, choro por ti quando partes, fujo de ti! Clamo por ti! Amo-te, odeio-te… E pergunto-me até quando conseguirei viver contigo...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Arround You...

        O tempo passa, os dias voam… Entre uma ida apressada para um compromisso e a volta a casa para alguns momentos de descanso, as horas vão passando. Entre uma saída, um café com os amigos, uma e outra piada sobre as mais variadas situações do dia-a-dia, o tempo corre, e dás por ti sozinho no meio de uma multidão…. Quantos desses te conhecem realmente? Sim, quantos? Quantos ao olhar o teu sorriso desconhecem a escuridão que invade a tua alma? A tua alegria, as tuas tristezas… Quantos desconhecem o teu verdadeiro “eu”, e quantos o querem realmente conhecer?

                Já é tarde, entrei mais uma vez á pressa fugindo da chuva que caía. Entre um café e o longo corredor até á sala, um ou outro olhar frio percorre o meu rosto… Entro finalmente, procuro um lugar e sento-me. Deparo-me com cumprimentos apressados e alguns pedidos de ajuda, entre o amargo sabor do café e os sons da noite lá fora, a dor invade a minha alma. A minha mente vai alternando entre os problemas ca de dentro e os de lá de fora... O mundo lá fora acaba sempre por vencer… As perguntas são tantas… Questionas a verdade, o porquê de tudo, questionas-te a ti mesmo e aqueles que te rodeiam… “Porquê? Porque fizeste isso? Que ganhaste? Porque tinha de ser assim?”…
Sentes-te confuso, ferido, sem saber o que fazer, mas todos os que tão á tua volta parecem ignora-lo. Não, não podes culpa-los por isso é certo, mas são tantos aqueles que te fazem querer parecer que já não pertences ali... Simplesmente não entendes… Entre uma e outra palavra, a noite vai passando… Nos teus ouvidos, a música pesada que te faz anestesiar a dor por uns momentos e esquecer da verdadeira realidade… Em ti mesmo, as marcas de um passado repleto de ilusões e desilusões…
E assim ficas, ficas até ao raiar de um novo dia que levará consigo a escuridão da noite lá fora, mas não aquela que existe dentro do teu coração…

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Light in the Darkness

             Depois de todas as tempestades, um dia paras, olhas á tua volta e dás conta da realidade… As poucas luzes que um dia iluminaram o teu caminho, simplesmente já não as vez, ou será que elas nunca lá estiveram realmente? Olhas pra ti, depois para o que está á tua volta, sentes a escuridão invadir o teu peito… Foram tão poucas as chamas que não se apagaram com uma suave brisa, tão poucas aquelas que não se consumiram com o tempo… Ainda assim, olhas os céus, e agradeces pelas poucas que ficaram e tentas a cada dia não descer um pouco mais fundo... No entanto as feridas do teu passado parecem não sarar e a dor parece não desaparecer…
                Pensaste ser alguém para quem nunca alguém iria olhar, pelo menos não agora, não neste momento da tua vida, estavas magoado de mais para que alguém o fizesse, ferido de mais e dominado pelo medo… E aí criaste uma muralha á tua volta, fechaste-te dentro dela e pensas-te que já mais alguém lá poderia entrar…
                Um dia, algo muda… Porque por mais que o feches, há sempre alguém algures neste mundo que tem a chave do teu coração. Olhas novamente á tua volta e vez uma luz que brilha mais que nenhuma outra. Levantas-te e lentamente aproximas-te, o medo que habitava em ti parece por momentos quase ter desaparecido, aproximas-te um pouco mais e vez algo perfeito, algo que pensaste não mais existir, a tua outra metade… E por mais que o caminho á tua volta continue escuro, por mais que as trevas te envolvam, nunca mais as coisas serão iguais…
                És tu essa luzinha na escuridão, a chama que ilumina a noite que tem sido a minha vida, a minha verdadeira alma gémea…