sábado, 26 de outubro de 2013

De que vale...

Hoje pego na caneta e escrevo novamente. No fundo pela mesma razão que antes, por amor, mas talvez não na mesma situação que antes. Olho pra trás, olho pro primeiro dia em que os meus pés pisaram este chão, e arrependo-me. Sinto o amargo gosto do arrependimento por casa coisa que não fiz, por cada coisa que deveria ter feito diferente. Por não ser em tantos momentos aquele que tu sempre até esta mesma noite, merecias que eu fosse... Mas sim, eu sei, palavras são apenas palavras. Reconheço o meu erro, mas marco nestas páginas, em que talvez escreva hoje pela ultima vez, o meu sentimento... Uma amarga mistura de saudade com arrependimento, que paira em todo o amor que o meu coração teima em sentir por ti.
        Palavras são apenas palavras, mas sentimentos... Sim, esses batem forte ca no fundo... De que me vale a casa em que me refugio, se é no teu peito que sinto o verdadeiro refugio do meu coração? De que me vale as luzes que iluminam esta cidade, nestas noites escuras em que a precorro, se é o teu olhar a unica luz que ilumina o meu ser... De que servem os dias, de que serve o tempo, de que serve a correria de mais uma manhã em que acordo apressado se não te poder dar um beijo de bom dia dizendo o quanto te amo. De que vale o sol que de dia me aquece, se á noite as lagrimas que de mim correm teimarem em deixar o meu rosto molhado? De que vale... Sim... de Que vale....?
        De que vale amar se não for a ti? De que vale estar feliz, se não fizer com que um sorrizo se esboce no teu rosto? No fundo, de que vale tudo o que sou, tudo o que construí, e tudo o que hoje sou, se ainda que longe, não estiveres aqui...
       Aceito este amargo fruto de todas as minhas decisões apressadas, de toda a minha arrogancia que me corrompe por dentro e que me mata a cada dia que passa. De todo o tempo que não te dediquei, de tudo o que queria ter sido o não fui, e que hoje choro por tanto temer já não poder ser... Aceito tudo isso, essa saudade, esse estranho sentimento que é a tua ausencia, sentindo-te ainda assim presente em tudo o que olho, mesmo quando olho para dentro de mim mesmo... Mas amo-te... e não podia deixar de to dizer...

Forever, Your Fallen Angel

sábado, 12 de outubro de 2013

Saudade

Hoje, acordei com um olhar diferente. Olhei para ti, longe mas perto, olhei á volta, vi tudo o que foi conseguido com esse esforço não reconhecido. Ainda assim, é amor... Sim, é amor o que sinto por tudo o que criei e tudo o que me rodeia, mas hoje, ainda que por momentos, é altura de voltar.
         Voltar a esse quarto, de onde as primeiras palavras surgiram num papel amarrotado, oh, doces e tristes palavras, vitimas inocentes dessa dor e amargura que sentias... E hoje? É assim tão diferente?

        As paredes ainda guardam o mesmo tom, a noite ainda me envolve. O luar la fora, ele que tão intimamente me conhece, ainda cobre de negro o meu rosto que vagueia por aqui perdido, iludido e andando á tua nas pedras da minha calçada. Está tudo tão igual, como se nunca tivesse partido, e ainda assim tão diferente... Hoje volto, mas nao sozinho... Trago e trarei sempre a saudade comigo...

Your Fallen Angel