quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A Esperança...

E lá fóra, gritos eufóricos surgem, constratando suavemente com a melancólica melodia que os meus ouvidos ouvem, plenas de sentimentos que só eu sei sentir. Hoje, no primeiro dia, o dia de todos os desejos de todos extremos e de todas as euforias, aqui me encontro... A luz que me encandeia, o gato que dorme, a calor do aquecedor que me faz sobreviver ao estranho calor que a ultima e a primeira noite do ano fez guardar para nós...
Apenas algo disperta em mim um sorrizo, uma chamada na hora certa, no momento exato, atira de encontro à minha memória, com mais força ainda, todas as esperanças que guardo para este ano... Segredos guardados a sete chaves que só ainda alguns poucos escolhidos sabem revelar, mas que me fazem viver, levantar-me, meter-me de pé a cada manhã gélida apesar do frio que faz lá fora... Sim, foste tu, foste e serás sempre tu....
Terna e tristemente lembro a primeira vez que esbocei as primeiras letras no papel... Palavras... Oh... Essas palavras... Palavras pela tristeza não merecida!!! Mas que te fascinaram e deram alento á nossa paixão... Relembrando esse dia hoje eu escrevo... Escrevo porque estás tão longe e tão perto!!! Escrevo porque te amo... Com cada força do meu ser, e escrevo porque hoje por ti, sei o que é realmente amar... Escrevo irradiando a esperança que sinto num futuro breve, em que me dou e tu te dás, em que o livro da nossa paixão vira mais uma página da sua história, a qual quero escrever contigo até ao final dos meus dias... Escrevo porque te amo... Simplesmente porque te amo...
Hoje eu escrevo... Escrevo quando sinto, e escrevo quando sinto não te ter... Escrevo o quanto sinto o calor do teu abraço que gela o meu peit,o e o brilho do teu olhar que aquece o meu coração... E essas palavras, outrora sangue e lágrimas derramadas, são no dia de hoje derramadas pela saudade de quem está tão longe e tão perto, mas que a experança dos primeiros meses do ano que surge, as fazem rápidamente secar...
Sim... Hoje escrevo... Escrevo porque a esperança me fez pegar na caneta e derramar novamente a tinta sobre o papel... Escrevo sem saber o que escrevo, escrevo apenas com a certesa do teu amor... Escrevo por mim, escrevo por ti, escrevo por nós... Um brinde á longa batalha que hoje se inicia, e que só o nosso amor poderá vencer...

Your Fallen Angel

sábado, 27 de dezembro de 2014

Hoje sinto, apenas sinto...

         O hall escurece enquanto se desvanece atrás da porta o teu rosto, sinto nos lábios o teu sabor, e nos ombros que há segundos te abraçaram, paira intenso o suave aroma do teu perfume que me deixa doido de cada vez que o sinto... Olho mais uma ultima vez para ti enquanto te aceno, vendo por entre a porta formas e sorrizos que me deixam exitado e me fazem sentir um friozinho dentro do peito, sim... Bem ca dentro... Olho, e sorrio....
Chegadas e partidas... Assim é a vida, é isso que a compõe, nada me importa desde que na chegada sejas tu quem está á minha espera, e na partida seja a ti que diga um "até já" enquanto uma lágrima escorre pelo meu rosto, desfarçadamente, enquanto tento manter em mim o sorrizo lembrando os dias que passamos. Sim... Apenas anseio pelo dia em que nenhum de nós tenha mais de partir, nem eu... Nem tu meu amor. Mas até lá, amarei cada chegada e cada partida quase tanto como te amo a ti, quase tanto como amo cada momento que passo contigo... Como se tal fosse possível...
Hoje, aqui, sinto o quarto frio e a luz que  se esvai, fazendo-me desejar o calor do teu peito, fazendo-me querer estar junto de ti... Mas á toa, as palavras me falham e me traiem, a inspiração se esvai e adormeço em ti, pensando no teu olhar e desejando cada milimetro do teu ser... Esta saudade que sinto, velha amiga e companheira de jornada, que num segundo me mata e me trás de novo à vida, faz-me acender o incenso que paira no ar e me faz manchar no papel estas lágrimas que escrevo sob a forma de palavras... Assim, enrolado no negro manto que me cobre, para ti e por ti escrevo, libertando de mim cada alegria e cada dor, cada desejo e cada esperança...
Hoje sinto... Apenas sinto.... Partidas e chegadas... A saudade do teu abraço e a esperança de te ter... Hoje sinto... Apenas sinto...

Your Fallen Angel

sábado, 23 de agosto de 2014

Somewhere



     Sento aqui, neste lugar recatado, onde o insenso do chão flui em suaves ondas que me cercam. A chávena vazia que ao meu lado tenho, e que me pede por mais uma gota desse veneno que me mata... Oh, dura e cruel saudade... Sede de te ter junto a mim!!! Rio que já não corres e vento que já não sopras, voltai... Coloca sobre mim de novo o negro manto que me cobria, e me protegia do frio que me afrontava...
                Hoje, aqui me encontro, impálido e sereno, eu escrevo... Coloco sobre o papel que o incenso queima, o sangue de cada ferida que do meu peito sai. Retrato-me a mim e a ti, retrato a magia que nos envolve nos dias cinzentos, e nos dias que sobre mim, a tua luz brilha...  Oh... A megia desse olhar, esse olhar que para junto de ti me levou... Relembro o rio que corre, na cidade onde pela primeira vez os meus olhos penetraram nos teus. O primeiro abraço, o primeiro beijo, a primeira noite, o nosso cantinho... Lembranças á toa que na minha memória surgem, dessas noites que o primeiro raio de sol não levaram da lembrança. Lembro-me de ti e a inocencia que te invadia, tão perfeitamente fundida com o meu medo e a minha paixão... Oh, Cidade... Sobras do meu castelo que de mim fugiram, levando-me para essas terras que a rainha amou... Voltai... Trazei-me de novo o meu amor, cobri os meus ombros novamente com o negro manto que me aquecia nas noites geladas... Dai-me a despreocupação e a mansidão de outros tempos, em que eras tu para mim o maior desafio... Voltai... Voltai para nós... Voltai...

domingo, 16 de março de 2014

O cheiro da saudade


  

    (...) E por fim, ela surge... Essa noite escura que deu lugar ao dia quente que passou, e eu... Eu, comigo me encontro. No peito sinto a ausência do teu eu, pelo perfume que o teu cabelo deixou na minha almofada, e pelo sabor do teu beijo que os meus labios teimam em querer guardar... Lá fora, a cidade encerra sobre si mesma as histórias de mais um dia que passou, e anucia calmamente o meu até já a este lugar que me apaixonou. Abraçado á tua almofada, eu inspiro... Inspiro pensando no teu sorrizo, no teu olhar, em cada pedaço de ti... O desejo de ti me invade e sinto em mim o pulsar desse amor que preenche o meu ser... Será hoje, amanhã... Oh... Não sei... Mas sei que um dia teimarei novamente em voltar, para talvez noutro dia teimar novamente em partir... (...)

    São sete da manhã, o dia está gelado e mal teria dentro de mim a coragem para colocar os pés fora da cama... Sim, as duas horas e meia que dormi também não ajudaram muito para que o conseguisse fazer... Mas, oh, a vida lá fora espera por mim, ou melhor, não espera... Não se eu não correr atrás dela e não lutar as batalhas que ela mesma me impõe... Assim, levanto-me e corro atrás, deixo preparado cada pormenor já pensado. Pego na moxila e sigo como outrora quando tudo começou. Pego em mim e sigo... Eterno amante e eterno guerreiro, porque esperas? O que te poderia fazer temer nesta altura? Não, já não temo! Este sou assim, este sou eu, e é isto que amo, é isto que me faz viver...
     O dia corre tão igual e tão diferente de tantos outros... A correria, a pressa, a busca da prefeição e o erro que a cada momento surge... Peço ás marca do passado para que hoje não me assombrem, e dou a cada segundo o melhor de mim... A hora chega, apressadamente pego na mala e parto como que sem destino, esquecendo-me até de um ou outro pormenor que me surge pelo caminho com o qual esbarro me fazendo parar. Sigo, e vou, sim... Hoje não tenho medo, este sou eu procurando por ti, procurando dentro de mim essa chama que arde no meu peito. Hoje, sinto apenas o desejo de me aventurar e fazer-me ao mar. Navegar nos teus cabelos e mergulhar na profundidade do teu olhar e invadir o teu ser... Hoje, quero-te a ti meu amor...
     A noite já vai longa, e em breve o dia surge, e com ele o sorrizo que me apaixona, e o beijo que me trás para junto de ti ainda que por breves instantes... O toque dos teus dedos, a tua voz, aprecio detalhes de cada pormenor de ti mesma e sinto o teu amor dentro de mim... Oh, quanto queria que cada um destes momentos fosse eterno e quanto queria novamente não ter de partir... Mas parto, parto com a saudade que me acompanha onde eu vou e se difunde com cada palavra que gravaste em mim... Parto para voltar e para voltar a partir... Se um dia não terei de o fazer, quando não o irei fazer, não sei meu amor, não sei... Apenas recorda todas as vezes que te prometi voltar, lembras-te?... Não, isso não muda porque estás aqui, isso não muda para onde fores...  Carrego comigo, como sempre o fiz, esse abraço que tenho para te dar, e que me culpa pela ausencia dos momentos em que não te faço sorrir... Carrego comigo o beijo, que te quero voltar a dar pela manhã e o abraço que de novo te fará adormecer... Cravo em mim o amor e a culpa, a alegria da chegada e a lágrima que corre na partida. Sinto-me em ti e sinto-te em mim... Eterno amante perdido e eterno apaixonado... Quem sou, de onde sou...? Não sei, meu amor, não sei... Meu amor, e se um dia... E se um dia eu não quizer mais partir?

Your Fallen Angel

quinta-feira, 6 de março de 2014

Quem sou eu para ti


        Hoje me olho, vendo-me diante de mim mesmo. Procuro no espelho reflexos do meu eu que de mim foge, e da essencia daquilo que fui... Oh, assim o dizes. Procurando-me em mim, vejo o reflexo daquilo que ontem fui, e o oposto daquilo que teimo em amanha ser... Sonhos, ilusões... Oh! Essa utopia demente que me cativa nas horas em que tudo parece poder ser real, em que o mundo se apresenta aos meus olhos naquilo que ele mesmo nega ser...
     Melhor, pior? Não sei... Porque ei de ter de saber quando todos têm o direito á duvida e estupidamente esta parece ser a unica constante na vida de cada um de vós?... O bem? O mal...? Não sei... Procuro na noite escura a felicidade que de mim foge, cobrindo-a de negro com as azas que eu mesmo pintei. Eu sei, existe a escolha e sempre existiu... Mas, o que me fez escolher...?
        Ainda assim, não sei de que lado estou ou o que sou... Apenas sei que sou esse sol de inverno que não aquece, e chama desse fogo que não queima, mas que estupidamente teima em pintar de luz pegadas desse caminho que alguém teima em seguir. Pegadas que se aproximam e afastam na incertesa que até elas têm de si mesmas... Oh quão cruel e quão riduculo... Quanto te opões e quanto de ti dás...
       Serei eu o negro manto que o luar nessas noites cobre, ou apenas a fraca luz do dia que ainda teima em brilhar... Linha que segue a espada cruel da mentira que nos trespassa, ou simplesmente a verdade que teimas em não conhecer... A vermelhidão de um por do sol numa noite fria de inverno, ou a neblina de mais um amanhecer...? Palavra que não lês ou sentimento que não sente...? E tu...? Quem sou eu para ti?...

Your Fallen Angel

sábado, 25 de janeiro de 2014

Praxis



Quando alguém usar palavras duras contra ti, quando alguém te ofender com as mais baixas palavras, não temas, não chores, apenas sorri... Sorri e observa a ignorância de cada um daqueles que contra ti se insurgem... Oh cruel sociedade, que nos media vez o teu deus. Quão errada e quao enganada sois por quão distorcida realidade que vos apresentam...
Hoje, hoje sou culpado, colocado nessa posição de reu em que me vez... Colocado lá, por essa capa que teimo em impor sobre os ombros com orgulho, por quanto orgulho sinto nela. Oh, cruel sociedade que nos julgas, perguntai aos que me acusas de fazer de vitimas, de que crimes eles me acusam.... Dura, cruel e cega sociedade... Que não vedes a verdade que está a frente dos teus olhos e te deixas levar por cada palavra que a tv para ti fala...
Que o negro manto se mostre sobre os vossos ombros, amigos que tenho comigo nesta dura jornada... Que o conchete se aperte, como luto por esta tradição que teimam em querer matar, e por cada ofensa, por cada pedra que me atiram e por quanta culpa não tenho e suporto... Hoje, meus amigos, digo-vos, é preciso ter amor, é preciso amor a esta capa que coloco sobre os ombros para sustentar tudo isto.... Por tudo o que me deram, e por tudo o que vos dei... Um dia... Um dia a tradição vencerá...
Dura Praxis, Sed Praxis